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quinta-feira, julho 10, 2008

NÃO AO FASCISMO!!!

O Ministério Público do Rio Grande do Sul move uma ação na justiça para cassar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. Alegam que essa organização tem ligações com terroristas e uma prática criminosa. Para tanto estão proibindo a realização de manifestações, realizando busca e apreensões em acampamentos e pedindo a prisão de lideranças do movimento nesse estado.
Para isso tem se utilizado de centenas de policiais da Brigada Militar gaúcha, a qual chegou a deter centenas de trabalhadores que participavam do congresso estadual do movimento. Alegaram na ocasião que cumpriam uma ordem judicial de busca e apreensão para localizar uma máquina fotográfica que havia sido furtada. Para localizar esse “importante” objeto empastelaram a realização do congresso de trabalhadores. A execução dessas ações foram garantidas pela governadora gaúcha Yeda Crusisu.
O MP gaúcho, em seu desplante fascista, chegou ao ponto de pedir a cassação dos títulos de eleitores de assentados em municípios daquele estado, onde, segundo os promotores, esses eleitores desequilibrariam o processo eleitoral.
Em sua ação repressora o MP pede ainda que seja proibida a continuidade das escolas nos acampamentos e assentamentos, pois ali se formam, segundo esses defensores dos ricos e poderosos, crianças que não respeitarão as leis e serão subversivas.

ABAIXO A DITADURA

A história nacional é repleta de governos fascistas, que se mantiveram no poder graças ao arbítrio e a força bruta, impedindo o exercício da democracia e da cidadania. Foram muitos anos de lutas para se conquistar o Estado Democrático de Direito. Muitos dos melhores filhos do povo brasileiro perderam a vida para que chegássemos ao estágio atual. Quantos não foram presos, torturados ou exilados? Conquistamos o direito legal de nos organizar, mobilizar, debater e lutar democraticamente pelos direitos que são assegurados constitucionalmente. Não abriremos mão de preservar isso.

Essa ação do MP cumpre um papel desmobilizador e intimidatório aos movimentos sociais. Criminalizam o exercício da cidadania. Querem proibir o direito do cidadão de defender a sua dignidade.

Em contrapartida os mandantes de assassinatos contra os trabalhadores rurais, as grande empresas transnacionais, o agronegócio, o latifúndio, os banqueiros e os detentores do grande capital continuam com seus privilégios e permanecem impunes, mesmo cometendo inúmeros atos ilegais e criminosos. Quem destrói a fauna, devasta o meio ambiente, utiliza trabalhadores em condições de escravidão, contamina o solo e causa o aumento da miséria? Estes permanecem impunes. Pior ainda, invertem a situação. Os arrozeiros de Roraima atentam contra a vida das comunidades indígenas, não respeitam a lei, praticam atos terroristas e quem leva a culpa são os índios. Mesma inversão é feita com os que lutam pela reforma agrária, que mesmo sofrendo agressões mortais por décadas, terminam sendo acusados de ser violentos por ocuparem as terras para assegurar que estas cumpram sua função social. A mídia, a serviço dos poderosos, inverte os fatos e a verdade.

NÃO AO RETROCESSO

Essa ação do MP contra o MST visa atingir todos os segmentos da sociedade brasileira que não aceita a mentira e a exploração, pretende preservar o poder dos que não aceitam que o povo lute e se mobilize por seus direitos. Essa ação do MP visa impedir que os movimentos sociais e populares voltem às ruas para defender uma sociedade mais justa e igualitária. Mas não aceitaremos isso calado. Enfrentamos as balas e os porões da ditadura, não serão as mentiras da mídia e de setores reacionários e fascistas que impedirão a continuidade dessa luta.

Viva a democracia.
Viva a luta do povo brasileiro.
Abaixo o fascismo.

segunda-feira, julho 07, 2008

MARCHA INTERROMPIDA NA MÍDIA BRASILEIRA E AMERICANA:

http://www.claudiohumberto.com.br/
http://www.comunidadenews.com/?secao=noticias_ver&id=3897
http://www.brazilianvoice.com/mostranews.php?id=4872#
http://radio.un.org/por/.
http://www.mundolegal.com.br/default.cfm?FuseAction=Noticia_Detalhar&did=27702
http://www.portalunicsul.com.br/portalunidf/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=30
http://www.sjpdf.org.br/internas/noticias_details.cfm?id_noticia=1516
http://www.verdeamarelo.net/eventos.asp
http://www.brasiliawebnews.com.br/cultura.php
http://orebate-analuciaaraujo.blogspot.com/2008/06/livro-marcha-interrompida-convidado-da.html
http://analuciaaraujo.bloguepessoal.com/56457/Pedro-Batista-lanca-Marcha-Interrompida-na-ONU-em-27-de-Junho-video-release/
http://www.youtube.com/user/edugvianatube
http://www.artimanha.net/blog/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=1090
http://www.tribunadobrasil.com.br/?ned=2351&ntc=66862&sc=41
http://www.cidade.agox.net/Videos/Carajas/PA.htm
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/brasilia/2006/04/14/jorbrs20060414004.html
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5520
http://www.thesaurus.com.br/autor/pedro-cesar-batista/
http://observacoesdocotidiano.blogspot.com/2008_06_26_archive.html
http://216.239.59.104/search?q=cache:yFCxKiGjE9gJ:www.braziliansuperlist.com/noticia/jornalista_lanca_livro_sobre_o_mst_em_ny+%22Marcha+Interrompida%22&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt&lr=lang_pt

http://www.sinait.org.br/Site/index.php?id=3075&act=vernoticias

http://gnn1mail.com/cultura.php

Lançamento de Marcha Interrompida na ONU





















Escritor brasileiro lança na ONU obra sobre os Sem Terra
24/06/2008

Do Brazilian Voice

Marcha Interrompida, mais do que uma obra sobre o MST (Movimento dos Sem Terra), de Pedro César Batista, lançado pela Thesaurus Editora, é uma reportagem romanceada que relata um episódio representativo da "marcha" de uma região e de um país. O livro será lançado dia 27 de junho, no auditório do Dag Hammarskjöld Library, em atividade das Nações Unidas.

O desfecho, conhecido como o Massacre do Eldorado do Carajás , há 12 anos, feriu um país em desenvolvimento económico e em condição democrática recém reconquistada. A ferida ainda não está cicatrizada na Amazônia, entre outras da mesma natureza que frequentemente se reabrem em diferentes pontos, dizimando pessoas, famílias e comunidades.

É preciso que seja mostrada ao mundo em todas as línguas possíveis, pela mídia , instituições, ONGs e pessoas empenhadas na defesa dos Direitos Humanos e no apoio às vítimas da injustiça e da violência. Para que episódios semelhantes sejam punidos exemplarmente até que não mais aconteçam. É preciso que sejam reparados os danos causados por este massacre na história das famílias que a viveram e na história do Brasil.

Pedro César Batista é um jornalista investigativo que pauta a sua carreira nos temas sociais e políticos e nas questões relacionadas com os Direitos Humanos. Embora tenha nascido no Estado de São Paulo, foi militante de esquerda na Amazônia, uma região onde persiste uma espécie de ditadura, isolada do sistema político vigente.

Da mesma maneira que nas grandes metrópoles brasileiras o tráfico de drogas e das armas domina comunidades inteiras pelo terror, na Amazônia uma estirpe de empresários esconde organizações mafiosas, que executam, muitas vezes com a conivência de políticos e policiais corruptos, quem ousa denunciar os seus crimes e intervir contra os seus negócios ilegais. Um dos crimes mais denunciados ultimamente e divulgados pela imprensa brasileira é a manutenção de homens, mulheres e crianças em grandes fazendas, trabalhando em regime de escravidão, sem direitos trabalhistas e proibidos de saírem dos locais onde estão retidos.

A ditadura militar brasileira foi extinta, mas não cessaram os assassinatos e massacres de cidadãos e líderes sindicais, comunitários e políticos. Também têm sido muitos os policiais que não aceitaram aliar-se às organizações criminosas e foram executados. A questão da posse e da exploração da terra, do meio ambiente e outros relacionados, na Amazônia possuem ainda características feudais.

A Reforma Agrária na região é mais complicada que no resto do país, por causa da grande dimensão territorial e dos interesses econômicos e políticos dos grandes proprietários, defendidos ainda na lei da bala. A corrupção é frequentemente relacionada com a atividade política por todo o país e em todos os escalões. Há quase 20 anos, o irmão de Pedro César, Deputado João Carlos Batista, foi assassinado em Belém do Pará, em pleno exercício de mandato. Mais recentemente foi a vez da freira americana Irmã Dorothy.

Assim como Chico Mendes, muitos mais na Amazônia foram calados e continuam a sê-lo. Alguns casos foram investigados e punidos, mas a justiça para o crime organizado ainda é tímida. Pedro César Batista está atento a esta realidade e registra no livro Marcha Interrompida um episódio marcante na trajetória do Movimento dos Sem Terra e na história social e política do Brasil e da América do Sul.