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terça-feira, agosto 12, 2008

Vinte anos da morte de João Batista em livro - no O Rebate em primeira mão














Ana Lucia Araujo

08-Ago-2008

Os 20 anos do assassinato em Belém-PA do deputado João Carlos Batista serão assinalados por um livro biográfico, com registros especiais da vida do advogado, do homem político e da morte como defensor da reforma agrária no Estado do Pará, Brasil. O autor é o irmão do deputado, o jornalista investigativo Pedro César Batista, também autor do livro Marcha Interrompida (Thesaurus Editora, 2006) lançado em Junho nas Nações Unidas. João Batista, mártir da luta pela reforma agrária -violência e impunidade no Pará é o título do novo livro de Pedro César, uma homenagem ao irmão e um apanhado da luta pela reforma agrária brasileira, com enfoque na realidade amazônica, situado no contexto histórico recente da luta de classes na América do Sul. A vida, os ideais, as personagens, os crimes contra os direitos humanos na região e a impunidade são relatados com paixão e coragem jornalística. Já publicado em edição experimental, a nova edição da Expressão Popular deverá ser lançada a nível nacional, desta vez com apresentação escrita por João Pedro Stédile, líder histórico dos trabalhadores rurais sem-terra brasileiros, 'orelha' do deputado Paulo Rocha e esforço de um grupo significativo que reúne parentes, amigos e companheiros e simpatizantes das causas do deputado assassinado. O lançamento em Belém será marcado por uma coletiva à imprensa no dia 25 de Agosto na séde da OAB-PA às 10 horas.

anaLuarCOMUNICAÇÃO
http://analuciaaraujo.bloguepessoal.com

sexta-feira, agosto 08, 2008

Iluminação















Bsb, 8/8/8

Sons reais penetram minha alma,
Pedem calma - ela tem pressa,
Cansada está da solidão
Da falta de eco em meus ouvidos.

Partículas dançam buscando o alvo.
Querem se alinhar
E aninhar, semear encanto
Para o canto que ouço.

Brasília fica cada dia mais seca.
Minha garganta quer gritar,
Falar aos céus e a lua crescente
Que tudo vê sem se manifestar.
Miradas perdem-se no horizonte
Rumo às águas do Paranoá
Que brilham desejando
Ser mar aberto apaixonado.

Sigo caminhando,
Sei onde quero chegar.
Acredito na chegada,
A partida já foi dada.

Olhares buscam o alvo
Vêem apenas sombras
De um tempo que se foi,
Permite brotar sorrisos,
Movimentos circulares,
Dança de corpos e copos
Estalando no vento.

Vem canto do vento,
Vem fazer comigo
O que estás habituado:
Dá-me certezas.
As incertezas dominam.

As luzes continuam apagadas,
O sol aquece meu olhar
Que te busca na multidão desesperançada
E mesquinha cuidando do umbigo.
A música me embriaga,
Mais sementes são jogadas,
Mais flores desabrocham,
Minha alma tenta crer
Enquanto continua atravessando
O eixão para mais um dia.

O silêncio apavora.