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terça-feira, julho 28, 2009

Relâmpagos almados


























Relâmpagos almados
Devastando corpos e sonhos
Arrasando o tempo
Que desabrocha mais flores,
Espalhando mais sementes e
Iluminando a caminhada.

Sorrisos acarinhados
Deixa os corpos mais leves
Nuvens transformam-se em perfume
Com cheiro de éter e amor
Descobrindo um novo sonho
Que se realiza cheio de vida.

Caminhar a vida com direção
Seguir o brilho das flores
A força das sementes
A resistência do amor
A crença na ação humana
(humanos tentam fazer-me descrer, não conseguirão)
Semear o sorriso verdadeiro
Cantar o abraço prolongado

Um relâmpago almado
Levou-se ao espaço
Deixando-me com os pés
Mais firmes na caminhada
Entre quadras e flores
Buscando me seguir.

domingo, julho 19, 2009

Sangue e solidão


Cada gota de suor
quer terra
semear
e brotar
sonhos reais.
Cada brilho
no olhar
quer um beijo
prolongado como o desejo de viver
cantando a vida.
Sigo sobre pedras
e espinhos
esperando
quem não me vê.
Sigo as marcas
das gotas
de meu sangue
deixadas no tempo
e na solidão.

quarta-feira, julho 15, 2009

Solidão


segunda-feira, julho 13, 2009

Olhar iluminado

Sem canto nem dono
senta em estreals
cavalga em astros
percorre universos
vai pelo cosmo
arrebatando cometas.
Sem tempo nem corpo
átomos na escuridão
almas se iluminam
encantadas por sonhos.
Sem choros alegra galáxias
desbrava vias lácteas
encanta espíritos e distâncias
pupilas brilham encantadas
disperssas no planeta
querendo ser encontradas.
Sem canto nem dono
percorre astros
em caminhos estelares
fitando mares e terras
seguindo ao infinito...

quinta-feira, julho 09, 2009

Inverno quente















Um som forte adentra a alma
Direcionando-a intensamente ao desconhecido
Mais de uma vez conhecido no passado
Passos caminham como soubessem aonde chegar
Firmes e certeiros ao alvo
Daquilo que não se sabe onde levará

Uivos ecoam no corpo
Fazendo-o tremer intensamente
Êxtase e desejos apoderam-se do rumo
Em direção ao brilho de flores perfumadas
Que engolem e fazem gemer
Como um canto de lua cheia.

Deixa surdo pelo brilho que vê
Cego de tanto falar desejos
Mudo por ouvir os sons d’alma
Luando segue a direção
Crê no que olha, ouve e sente.

Tudo cresce como ondas em alto mar
Vem ao encalço adentrar o olhar
Tomando conta dos ouvidos
Alimentando o corpo em manhãs assustadas
E quentes do inverno florido pelos Ipês.