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sábado, dezembro 18, 2010

Encantamento espacial



Uma ave sobrevoa os céus de minha alma,
deleita sonhos por segurança em alto mar,
compõe ilhas no espaço sideral,
flores desabrochando em terras suspensas
que pulsam a força do magma de meu ser.

Pássaros revoam em bandos na busca por ninhos
ao entardecer chuvoso sobre árvores e edifícios,
com avenidas entupidas de desesperados.

É uma ave livre que canta o vento,
inspira seu perfume em minhas narinas que o sentem,
ao acalentar todos os sonhos do percurso,
sejam em Praga ou Algodoal onde o fogo arderá.

Inspira a vida do mar embalando desejos,
saborear beijos ardentes em São Paulo
e em águas geladas das cachoeiras na floresta.

Sem medo da liberdade de seu canto
os passos flutuam sobre nuvens
desejosos por voar em seus braços,
onde cada corpo seja uma asa alçando vôo.

O encantamento de teu olhar é rocha
transformando o tempo em semente
ardente por terra para germinar
mãos dadas em manhãs de domingo.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

beijos perdidos



Grita um olhar em busca
Errante entre flores e mares

Crê ser vento

Nem se sente rocha
violentada de amor e dor

Fecha os passos apressados
Em pleno vôo
Rasante que se ergue aos céus

Grita em busca do tempo
Que nasce em beijos perdidos
Salgados por tuas lágrimas