Tempo de inspirar atos de dignidade e indignação, provocar suspiros em mentes descrentes na vida. Tempo de recordar a resistência. Tempo de caminhar de mãos dadas... (pcbatis@gmail.com)
sábado, janeiro 22, 2011
Voo
19/4/2009 - DF
Voar para a vida
Seguir rumo ao pouso
Buscar o caminho,
O jardim e a flor.
Em terras desconhecidas
Caminhantes se cruzam
Em olhares desencontrados.
Ilhas seguindo suas prioridades.
Pouco sabe uns dos outros,
Respiram o mesmo aroma
Sem perceber que vivem do mesmo pulmão.
Pensam ser fortes
E são folhas usadas, dobradas
E guardadas em gavetas da história.
Imaginam andar sobre o mar,
Alimentando-se de sonhos.
Os passos são firmes
Sentem espinhos em seu caminhar
Transformam pedras em alimentos
Despejando sangue em seus corações.
Conseguem forças e asas,
Ser Prometeu ou Kalo,
Enfrentando feridas e dores
Transformadas em conquistas.
Brilho na escuridão da floresta.
O tempo sempre traz novos olhares,
Cantos tristes se tornam tempestades,
Olhares perdidos atravessam oceanos,
Almas certeiras saem para o vento buscar.
domingo, janeiro 16, 2011
Carta Simples
AG
Meus fios de cabelo
Absolutamente dourados
Voando pela casa toda livremente.
Dourado de sol, de química, te tempo, de desejo...
E de pura vaidade feminina...
E a casa?
A casa sua que me abrigou
Tão confortavelmente como a minha própria.
Um pedaço de mim tão revolucionário
Que ficou por aqui
E cada vez que eu parto
Sinto a dor de uma imensa saudade...
Que se transforma em alegria e fome de viver
Toda vez que eu volto
E encontro você
Com as luzes acesas.
terça-feira, janeiro 11, 2011
Curado pelo vento
Acurar o sonho na manhã
Respirar beijos que curam
Afinando a direção dos passos
Sem laços nem medos seguir
Acurar o tempo do vento perfumado
Cantigas animam as luzes
Cristais tilintam chamando colibris
Flores se retesam em busca de terra
Fértil e segura
Acurar o passo no tempo
Acurar a cura da vida
Inteiro como o universo se entregar
Ser a sensação da alegria
Das dores e das descobertas
Acurado sigo a ventania perfumada
Deixada pela alma de águias petrificadas
Sigo o vento cantando
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sábado, janeiro 01, 2011
Voo noturno
Ouro puro em pó
Vindo dos céus
Sem véus nem deuses
Somente o seu brilho resplandece
Tantas incertezas inspiram flores
Levadas em fumos de hálitos quentes
Ávidos por calor
Dissipando passos iniciados
Vítimas de maledicência e erros
Ouro no olhar resplandece
Uma águia buscando presa
Em seus voos noturnos
Explodindo corações
Ainda férteis
Dores o tornam rocha
Descrer do tempo que não veio
Passos sobre ondas continuar...
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