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sexta-feira, novembro 25, 2011

O que somos?



Se humanos somos, algo está errado, violentamos uns aos outros, destruímos a natureza, competimos de forma estúpida e desesperadamente todos buscam o ouro e o poder, os verdadeiros deuses que movem a raça. Se isso é ser humano, precisamos mudar a denominação da espécie ou o conceito sobre o que é ser humano, pois essas atitudes, segundo o conceito de humano, nada humana são. O que somos?

terça-feira, novembro 22, 2011

olhar



Um caminhar anima a chuva,
traz o vento e o aroma do tempo,
um novo tempo com um novo aroma,
enquanto o vento caminha rumo ao sol,
que escondido dança com as gotas d'água
que se confundem com as pegadas na estrada,
dos que ousam lutar por um novo olhar.

segunda-feira, novembro 14, 2011




Rosas vermelhas despontam,
a seiva de sonhos e da vida domina o aroma,
estrelas cadentes brotam,
a chuva continua...

terça-feira, novembro 08, 2011

Passeando nas nuvens




Uma cor cinza se apodera da luz,
Pedras azuis tomam conta do caminho
Um despenhadeiro brilhante desponta no horizonte
Sentimentos de medo e solidão fazem as flores caírem dos caules
Uma claridade atrai para uma flor desabrochando que chama à vida
A música rasga profundamente a alma com a leveza de uma navalha
Deixa a mostra sonhos desencontrados nos passos fincados em nuvens
Memórias do descaso se fortalecem provocando dores
Sem terra nem ar nem tempo nem amanhã
Sem brilho repleto de escuridão seguir os passos do jardim
Onde está a vida que quer abandonar a marcha do tempo?
Onde as flores não mais serão plásticas?
Uma voz suave canta as desavenças da história
Canta canta canta desesperadamente
E a cor cinza insiste em se apoderar de olhares que ficam turvos.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Sem cerimonia



Um som invade a luz do tempo,
torna o fogo líquido,
envolvente e dócil.

Notas desencontradas tocam
e pássaros se perdem em pleno voo.

Labaredas se tornam abanos poéticos,
incendeiam nuvens que viram rochas
flutuantes em tapetes de rosas voadoras.

Asas quebram-se por voarem rasteiras,
chocam-se em palavras afiadas e cegas.

Querem cantar a ventania
tentando entrar em portas fechadas,
acordes brilham na escuridão
de olhares brilhantes e negros de insonia.

A sonoridade flutua
nas almas estão presas no fogo do desejo.

Sem cerimonia tiram a maquiagem e abrem a janela,
recebe a luz do som deslocando o tempo.

A luz e o som se encontram na escuridão,
fazendo a manhã anoitecer.