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segunda-feira, abril 29, 2013

Pedro César Batista lança Relatos sobre o amor na Feira Pan – Amazônica do Livro



O escritor e jornalista Pedro César Batista lançará em primeira mão durante a Feira Pan – Amazônica, no dia 4 de maio, às 18h, no Estande do autor Paraense o livro Relatos sobre o amor.

O livro, que é o 15º título do autor, é uma coletânea de contos – relatos sobre situações relacionadas ao cotidiano das pessoas comuns, tratando de relacionamentos, buscas e crises existenciais provocadas por encontros e desencontros.

Segundo o jornalista Guido Heleno no livro Relatos sobre amor “os ambientes e personagens alteram-se, com extrema realidade, incorporando o dia a dia de muitos, de tantos – crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres – mas com a linguagem literária adequada”.

Para o Guido Heleno “Pedro César Batista é desses escritores atentos, para os quais a vida em sociedade não é apenas seguir rotinas e roteiros. Seu olhar crítico, consubstanciado na vivência rica em participação e lutas, permite a ele exercer o talento de escritor, seja em verso ou em prosa, com louvável e reconhecida qualidade literária”.

O autor editou livros de poesias, biografias e um romance. Relatos sobre amor é sua estréia com um olhar novo e uma nova proposta na literatura, trazendo por meio de relatos da vida cotidiana a pluralidade, do mundo atual, sentimentos e paixões em 13 contos, a maioria sobre a alma feminina e suas buscas.

O primeiro lançamento de Relatos sobre o amor ocorrerá na Feira do Livro – Pan – Amazônica do Livro de Belém. Estão marcados novos lançamentos para Brasília (25.05), São José do Rio Preto (SP), em junho e em agosto no Rio de Janeiro, Salvador e Santos.

Serviço:

4 de maio de 2013, sábado, 18h.
Estande do Escritor Paraense
Feira Pan – Amazônica do Livro
Belém – Pará
Informações:
pcbatis@gmail.com
(61) 8322 9805
pedrocesarbatista.blogspot.com

sábado, abril 27, 2013

In - certeza



Onde andará Atena que não vem?

Viver como Penélope,
Satisfazer a dor para alimentar o amor,
A espera de Odisseu é o caminho?

Quem sabe Zeus desistiu da justiça?

Ou então as flores foram arrastadas pelas ondas,
Deixando apenas as memórias vazias?

Onde andará o sonho?

Calipso ainda tenta sequestrar a esperança?

A fúria de Poseidon alimenta o medo,
Um medo tão grande como suas águas geladas e furiosas.

Onde andará Atena que não vem?

Dançar conforme a música não faz bem,
É preciso fazer Penélope ter seu amado.

É preciso dar a Odisseu a paz dos guerreiros.

© Pedro César Batista - 2013

segunda-feira, abril 22, 2013

Bússola

Meu coração é minha bússola,
não tem receio em erguer os punhos,
combater a morte,
nem semear rosas e sonhos.

Pcb

Domingo



Domingo bate a máquina,
estender as roupas,
esquentar a panela
fazer pressão no fogo,
no coração que amolece.

Domingo sem frio,
para se aquecer,
sem chuva
para se queimar,
sem lua para poetisar.

PCB
Finda março,
abril vem para trazer o novo,
sementes brotarão,
o fogo fará a dor virar cinzas.
É necessário voar,
fazer tempestade,
desabrochar o novo.

(pcb)
,

Soltam-se as estrelas,
navegam em balões coloridos,
sustentam-se em seus horizontes.

Flutuam sobre o descaso,
sem se assustarem com o dia.
Soltam-se as partículas do encontro.
Flutuam em meio da terra,
abandonada e firmes.

(pcb)

Brasília central



Cidade com as cores das borboletas,
com o traço das aves libertas,
com a terra cor de sangue,
encharcada pelo suor dos seus construtores,
candangos e poetas de obras levantadas no cerrado.

Nem sou teu filho,
nem tua cria,
nem teu amante,
nem teu amor,
somente aprendo com tua diversidade,
ser lagarto em teus sonhos,
nas lutas de teu povo,
no grito de teu ventre,
que germina a esperança e um novo tempo.

Voo em tuas asas,
esperando pousar em um tempo,
onde tuas belezas e encantos sejam coletivas,
onde tua forma de borboleta
seja o céu assim todas as manhãs.

(pcb)

quinta-feira, abril 18, 2013

Escuridão



Cada olhar mira a alvorada,
Ambiciona arrebatar o vento ensolarado,
Difundir o canto dos pássaros apaixonados,
Sem temor se não deteriorar as palavras,
Nem assombrar o tempo.

Será que ainda saberemos aliciar o amor,
Ou semear girassóis?

Quem sabe nada aprenderemos,
Nem consideraremos as dores e martírios alheios.

Jamais dançaremos ao anoitecer.

O clamor será silencioso,
Nada refletirá,
Nem destroçará a solidão.

As palavras esmagadas,
Tentaram germinar e não crescerão,
As páginas permanecerão em branco,
Manchadas por café.

A opacidade do som ensurdecerá os semblantes,
Que contemplaram o lado
E tentarão dissimular abraçando o horizonte,
Com rochedos ecoando para o alto.

Não sabemos a direção,
Não importam os sulcos da história
Alagados em sangue e lágrimas,
Movidos pelo impulsos fluímos
Ladeados com a obscuridade.

Os motins dos sonhos se fecham,
Levantam fortalezas em cabos cibernéticos,
Reproduzidos em telas na palma da mão,
Que vibra buscando flores,
Sem saber cultivar o coração.

Uma vermelhidão apodera-se da íris,
Marcas cartelizadas ajuízam fantasias,
Cobiçadas por uma sede sem fim.

© Pedro César Batista – 2013

terça-feira, abril 16, 2013

Relatos sobre o amor



O livro Relatos sobre o amor fala dos (des) encontros, satisfação e vivências nos relacionamentos.

Destaca-se no livro a voz feminina com suas dores, superações, conquistas e experiências no mundo patriarcal.

O livro Relatos sobre o amor, de Pedro César Batista, envereda principalmente no universo feminino, ao apresentar uma combinação da angustia e a satisfação da conquista da liberdade e de rebeldia que algumas mulheres conseguiram obter com suas marcas indeléveis, apesar do machismo, ousaram enfrentar o patriarcado.

Integrado por 13 contos – relatos, onde prevalece a voz feminina, o autor destaca nos textos homens e mulheres com suas práticas comuns e revolucionárias, sempre reproduzindo uma busca pelo seu par, levando a encontros, provocando a solidão e o prazer, com as idiossincrasias da pós-modernidade, marcadas, ainda, pela moral judaico – cristã.

A assessora de imprensa paraense, Ana Lúcia Araújo, que vive há 20 anos em Portugal, diz sobre o autor que “Encontra no texto a coerência e a frontalidade que se espera de quem parece se propor como “um olho a mais” em cada um dos seus leitores. Um olho que não fecha, que está sempre vigilante”. Diz ainda que Pedro “escreve sobre a vida, sobre a morte, sobre o amor entre as pessoas, a amizade, a natureza, com a revolta e a calma que devem alimentar constantemente todas as histórias e mudanças. Leio-o e penso no quanto foi difícil fazermos a lição do Che e endurecermos sem perder a ternura. Ele vai conseguindo”.

Wanessa Dias, professora de língua portuguesa, destaca no prefácio que “há nos relatos ora uma satisfação momentânea do gozo, ora encantos e o sofrer deles e por eles, quando o tempo, por isso, não é capaz de fazer desaparecer os bel-prazeres um dia conhecidos e, por vezes, sonhados. Não são, por isso, caminhos meramente refeitos ou acúmulos de episódios e lamúrias num enredo bem estruturado”.

Relatos sobre o amor é o 15º livro do autor, que publicou seu primeiro título Tudo tem, em 1979, ainda no mimeógrafo. Nesse tempo enveredou em diversos mundos das letras, escreveu biografias, um romance e dedica-se à poesia. Seu livro anterior, Candeeiro do tempo (Verbis – 2010), é uma coletânea que reúne poemas de três décadas. Realizou lançamentos em Portugal e em Nova Iorque (EUA), na ONU, além de diversas capitais e cidades brasileiras. Quando iniciou seu trabalho teve as dificuldades inerentes ao tempo da ditadura, que serviu apenas para alimentar a sua letra de resistência e sua militância por vida e libertação.

Serviço:

Relatos sobre o amor será lançado em 04 de maio de 2013, sábado, às 18h, no Estande do Autor Paraense, na Feira Pan – Amazônica do Livro, em Belém (PA).

Relatos sobre amor

Autor: Pedro César Batista
Thesaurus Editora
Brasília – DF - 2013
132 p.
R$ 20,00

Informações:
pcbatis@gmail.com

Ainda



Quantos gritos retornam às gargantas,
sem sair do umbigo de quem quer espelho?

Quantas vozes se perdem no som do vento,
sem formar tempestade,
nem se deixar virar arco íris nas manhãs?

Quantas crianças ainda batem o pé,
sem perceberem que o tempo passou,
fazendo-as adultas em suas idades quase senil?

Quantas palavras são espalhadas,
sem saírem das molduras de egos alucinados?

Ainda assim os besouros, pesados, barulhentos,
resistem e voam,
sem medo das alturas.

Ainda assim as manhãs espalham a luz da lua,
que não quer ir para outras terras,
desejando reunir as vozes, os sonhos e abraços,
fazendo um céu vermelho sobre o mar.

Ainda assim há vozes....

(pcb)

quarta-feira, abril 10, 2013

Desbotada



Palavras pálidas,
desbotadas buscam o brilho do calor,
distante e (des) coladas no vento
que não é um rio de flores,
nem aração para o cuidado.

Furta cor manchadas,
sem sangue nem pele,
áridas e tristes
dissimuladas em sonhos eletrônicos,
sem o barulho da chuva no telhado.

Pálidas por prazer
debocham das dores,
com monossílabos em nome próprio
regurgitam seu novo tempo.

pcb