
O breu da vida será a morte
ou a morte será a luz da vida?
Cada um por si,
como fossem átomos,
semeando medos e inseguranças.
Olhares perdidos
tentam descobrir caminhos ou
veredas em mentes entediadas
nas tardes do domingo.
Nem a missa ou o Faustão animam sonhos,
ampliam o vácuo e a distância
nos passos que não se encontram.
Flores desabrocham
enquanto almas viram vil metais nas madrugadas
em esquinas e avenidas imundas
cheias de propagandas, cores e luzes.
Uma escuridão alimenta os passos
de caminhantes errantes
entre a desilusão e sonhos
de ganhar na loteria.
Quem quer semear esperança
e colher flores?
Quem quer um olhar sorridente
na manhã ensolarada de quarta-feira?
Acender a luz vermelha,
os passos mais velozes ficam
em busca dos gozos pós-moderno.
Quem brilha o tempo mais
que a morte do velho?