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segunda-feira, novembro 03, 2008

Seguir a ventania.
















Verdade
Verdadeira
derradeira
vontade em qualquer
idade
tempo
espaço
olhar
que se busca.

Confundiro vento
com o brilho da escuridão
não faz bem,
não convêm a humanidade
sempre jovem
apesar da idade.

Quem mata mais?

A guilhotina afinada
com o canto do cisne?

A forca desesperada
como o grito
dos pulmões que se fecham?

O fuzil com seu estálo
seco de causar espanto ao medo?

Verdade dos tempos
que os muros não deixam entrar.

A fome e ignorância
servem a que senhores?

E a velocidade da mentira
propagada na TV
pela CNN ou o Jornal Nacional?

Qual mentira é mais verdadeira
nos shoppings centers das almas modernas?

E o lucro propagado como Salvador?

Deus, o todo poderoso dos sonhos desse tempo não mente: Ele voltará!

Sua forma será em moedas
e barras de ouro,
todas em cartões de crédito,
internacional e sem limite.

Qual verdade é mais verdadeira que a minha morte,
deixando de crêr em meu Senhor,
sem escravos,
nem poder,
apenas mais uma gota da chuva que não vem?

Resta então dar mais um passo,
rumo ao norte,
enquanto o carrasco não chega.

sábado, novembro 01, 2008

Desafinado.








Não quero guerra.
Preciso de terra boa
onde possa me enraizar
e respirar o vento de novos tempos.

Não quero o último modelo de celular,
nem passar em concurso,
com altos salários.
Sonho com o fim da fome e da exploração,
um novo tempo de braços dados
alinhados com um novo canto.

Quero a paz real.

Quero flores nos cabelos
brilho nos olhares,
crianças correndo
atrás de borboletas.

Não quero bebés em colos nos faróis da rodoviária,
nem quero a mediocridade desse consumo criminoso.

É preciso novas sementes
que germinem
abraços apertados
verdadeiros
perfumados
apaixonados
pelas pessoas
flores
bichos
e crianças.

Quero esse sonho
brotando em almas
iluminando mentes
apertando corações
no planalto
no sertão
no campo
no Planeta.

Nada de acumular capital
desvairado faminto assassino.

A voz quer sair,
mesmo sufocada
pela solidão dos gritos desafinados
que ecoam na escuridão.

Quero combater a desesperança,
semear tempestades.