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quarta-feira, setembro 22, 2010

Defender a vida




Estou vivo.
Brotei, nasci,
aqui estou.

Muito obrigado, mãe.

Você se foi.
Estás encaixotada,
triste, não respira.
Nem conversamos.
Você não fala mais.

Choro.
Um nó na garganta.
Tristeza.

Você se foi,
não mais falaremos de flores,
nem dos sonhos,
das dores,
nem mais sorriremos.

Não te verei mais.

Um buraco no coração
que nunca se fechará.
Minha alma se esvaziou.
Um veio que sangrará,
sentirá o frio
de não mais te beijar.

Continuarei a guerrear,
defender a vida,
que não mais tens.

Estou vivo,
graças a ti
que me amou.

Cantarei você,
sua resistência,
sua determinação,
cuidando em seguir,
ir sempre mais.

Seguirei tua marcha,
tua resistência.

sábado, setembro 11, 2010

Saudades. Muitas.

Izaura Ramos Batista, minha mãe, nos deixou ontem. Uma bela mulher de 85 anos, nascida em 11 de fevereiro de 1925, em Urupês (SP). Teve três filhos: Vera, João e eu. Viveu em São Paulo, Paraná, Pará e Distrito Federal. Se foi, inesperadamente, deixando um vazio que jamais será ocupado. Assim como os astros que andam pelas galáxias. Ela, com certeza, brilhará por ter sido um astro.
Deixou muitos escritos, adorava escrever e ler. Gostava de falar, conversar e defender posições. Uma guerreira que soube dar todo o seu amor e dedicação ao que acreditou. Sempre firme, assim mesmo nos deixou.
Seus exemplos e ensinamentos sempre estarão vivos. Sua fé em seus passos, sua firmeza e sagacidade servirão para alimentar a esperança e a luta.
Minha mãe se foi.
Uma dor se apodera de nossa alma.
Nada nunca apagará o brilho que ela deixou.
Vida longa a D. Izaura.