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quarta-feira, março 23, 2011

ENCANTO



O papel cartão da caixa de cigarro
recebe a dança
da caneta
em uma mesa de bar.

Encontro, entrega e tesão.

A energia do tempo
em tua direção.

Nem espanto nem mal,
um véu se abrindo ao amanhecer.

Sorrir da dor,
ela irá sem volta,
nem os famintos,
nem os sem abraço,
não mais sentirão sua falta.

Semear mais flores,
adubar sonhos,
cantar estrelas
em cada passo.

Crê na terra,
grávida a brotar tudo
que se encanta.

Um comentário:

Jonathan Constantino disse...

Este é um bom poema também.

A estrofe:

"Sorrir da dor,
ela irá sem volta,
nem os famintos,
nem os sem abraço,
não mais sentirão sua falta."

é de especial beleza e força.

Grande abraço,

Jonathan