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terça-feira, maio 24, 2011

Aprender a plantar roseiras


Gotas esparsas saltam aos olhares
Buscam rochas e raízes enraizadas
Neste tempo em que nuvens encobrem os sonhos que escurecem.

A chuva aduba a manhã
que amendrontada continua madrugada
assusta-se com o sol,
preferindo a escuridão do passado.

Ainda assim sorrisos brotam em bocas em mar bravio
procurando onde aportar e dar o seu prazer e amor.
Não enxergam o mar que lhes cerca.

Olhos se fecham assustados com um novo olhar
E do desconhecido em estradas recém abertas.

Sem saber se perdem entre o medo e a solidão,
Assustam-se com abraços e cuidados.

Sente-se sufocadas como água represada.

Acreditam na escuridão com uma pequena lamparina elétrica
Desconhecendo a luz da manhã escondida no tempo.

As gotas continuam caindo de olhares que buscam,
Pensam serem gaivotas ou águias sobrevoando o mar,
Sentem-se livres como fagulhas sob a lua cheia
Encantadas como mãos que se entregam ao amor.

Olhares ainda buscam a escuridão,
Nem imaginam a luz que desabrocha,
Um novo tempo que ainda será flores,
Com sorrisos de borboletas e o canto do vento se entregando ao luar.

Ainda haverá entrega sem medo do amanhã.
Ainda existirá tempo de aprender a plantar roseiras.

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