Somos poetas, cidadãos e cidadãs, e nos unem o exercício da poesia e a defesa da democracia. Poetas Contra o Golpe tomam a palavra em defesa da democracia tão ameaçada neste país pelos mesmos senhores históricos de todo o sempre: os verdadeiros inimigos do povo e das recentes conquistas obtidas em seu favor. Por isso, viemos a público manifestar nossa posição contrária à tentativa do golpe político-institucional em curso, o qual, no nosso entendimento, visa à retomada de poder pelos grupos partidários e empresariais derrotados nas últimas eleições presidenciais.
O golpista é um fingidor de fato como pessoa, jamais um poeta! Não mede esforços nem consequências para e pelo poder. Alimenta-se das desigualdades, das diferenças, da indiferença e do ódio na permanente construção do abismo social por origem, classe, cor, credo, gênero, dividindo a sociedade por desrespeito e desprezo à maioria da população que de fato constrói a nação.
Afirmamos nosso mais contundente repúdio aos atos de corrupção praticados por esses grupos, pois entendemos que a corrupção desmerece a democracia e agride a cidadania. Defendemos as investigações e as justas punições dela decorrentes. Porém, não aceitamos que apenas um grupo político seja o alvo, porque sabemos que a grande maioria dos partidos políticos brasileiros, inclusive os que articulam o golpe, é historicamente praticante de atos de corrupção e não tem sido alvo de investigações.
Nós poetas em defesa da democracia, da constituição, da liberdade, do estado democrático de direito, tão aviltado no momento, buscamos e lutaremos sempre por um Estado laico, justo, igualitário e libertário alimentando o desejo e o sonho pela unidade da diversidade no país e pelo respeito entre todos e todas.
Somos chamados e chamadas a marcar posição em defesa da democracia, neste momento histórico difícil e delicado em que a sociedade brasileira se percebe crivada pelo clima de ódio que ameaça sobretudo os defensores do estado democrático de direito. Trazemos em resposta a esse momento crítico a nossa fala poética.
Brasília, abril de 2016.
Adeilton Lima - DF
Ademir Demarchi - SP
Alberto Pucheu - RJ
Alexandre Durratos - RJ
Alexandre Guarnieri - RJ
Alexandre Pilati - DF
Altivo Neto - DF
Ana Maria Lopes - DF
Ana Rüshe - SP
Ana Suely - DF
Andre Giusti - DF
André Rocha - DF
Angélica Torres Lima - DF
Aníbal Perea - DF
Antônio Juraci Siqueira - PA
Antônio Miranda - DF
Aroldo Pereira – MG
Beth Jardim - DF
Brenda Marques Pena - MG
Bruno Caetano - DF
Caetano Bernardes - DF
Carla Andrade - DF
Carlos Augusto Cacá - DF
Carlos Machado - SP
Carmem Silva Presotto - RS
Carolina Vieira - DF
Ceiça Targino – DF
Chico Alvim - DF
Chico Nogueira - DF
Cláudio Cardoso - PA
Cláudio poeta Dinho - DF
Corinto Meffe - DF
Dan Juan Nissan Cohen - RJ
Daniel Barros - DF
Daniel Pedro - DF
Dedé - DF
Devana Babu - DF
Eliana Castela - AC
Elicio Pontes - DF
Ézio Pires - DF
Fernando Freire - DF
Fred Maia - DF
Germano Arte Seletiva - DF
Guido Heleno - DF
Gustavo Dourado - DF
Ironita Mota Pereira - DF
Ismar Lemes - DF
Iverson Carneiro – RJ
Jairo Fará - MG
Joana Chagas da Silva - PA
João Bosco Maia - PA
João Victor Pacífico - DF
Joãozinho da Vila - DF
Joaquim Mariano - SP
Joelson Meira - BA
Jorge Amancio - DF
Jorge Antunes - DF
José Leal - Alemanha
José Sóter - DF
Jovino Machado-MG
Júlio Alves - RS
Lacerda Alencar - DF
Leila Jalul Bretz - AC
Leonam Cunha - RN
Lilia Diniz - MA
Lisa Alves - DF
Lucia Araújo - DF
Luiz Felipe Vitelli - DF
Luiz Turiba - DF
Lurdiana Araújo - DF
Manoel Herzog - SP
Marcão Aborígene - DF
Marcelo Morão-RJ
Marcos Freitas - DF
Maria Alice Bragança - RS
Maria Glória - DF
Maria Maia - DF
Maria Vieira dos Santos - RJ
Marina Andrade - DF
Marina Mara - DF
Marli Silva Fróes -MG
Nanda Fer Pimenta - DF
Neli Germano - RS
Noélia Ribeiro - DF
Olivia Maria Maia - DF
Patrícia Giseli - MG
Paulo Dagomé - DF
Paulo Ferraz - SP
Paulo Nunes - PA
Pedro César Batista. - DF
Pedro Tostes - SP
Raul Ernesto Lorrosa Bellesta - DF
Rego Júnior - DF
Renato Fino - DF
Ricardo Mainiere - RS
Ricardo Silvestrin - RS
Rita de Cássia da Silva - PA
Rita Melem - PA
Rita Prado - PA
Roberto Amaral - MG
Ronaldo Costa Fernandes - DF
Ronaldo Mousinho - DF
Ronaldo Rhusso - RJ
Rubens Jardim - SP
Sérgio Duboc - DF
Solange Padilha - RJ
Sônia Situba - PA
Tereza Vignoli - SP
Theo Alves - RN
Tita Lima Lima - DF
Tom Pureza - DF
Vanderlei Costa - DF
Vicente Sa - DF
Vinicius Borba - DF
Wanessa Dias - DF
Wélcio de Toledo - DF
Yonaré Flávio - DF
Um comentário:
A gente sabe que os políticos não são uma perfeição...
A gente sabe que o povo não é uma perfeição...
etc
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Serão os mestres/elite em economia uma perfeição?
-» Bom, é ver os negócios ruinosos que mestres/elite em economia têm enfiado aos Estados... isto é, ou seja, aos contribuintes!
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Ok, não sendo o povo uma perfeição, todavia, QUEM PAGA, vulgo contribuinte, tem de ser dotado de um maior poder negocial!
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A DEMOCRACIA É UMA FORMA de dotar o contribuinte/consumidor de algum poder negocial...mas, todavia, no entanto... esse poder negocial deverá ser aprofundado. (ver Exemplo I)
[urge ir para as ruas reivindicar mais poder negocial para o contribuinte!!!]
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Ora, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em 'arautos/milagreiros' em economia (etc) - por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte [isto é, querem que os contribuintes passem carta branca aos políticos... para que estes possam fazer as mais variadas negociatas com os mais variados lobbys].
---» EXPLICANDO MELHOR: um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!
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Exemplo I
O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» EXPLICANDO MELHOR: em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... possa existir o DIREITO AO VETO de quem paga!
[ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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