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terça-feira, março 02, 2010

É preciso inspiração






O medo, a insegurança e a paranóia tomam conta das pessoas. O consumo é a energia de bilhões de seres perdidos no planeta. Um ritmo industrial que o planeta não suporta. Cresce a solidão por todos os lados, os humanos encontram-se em máquinas eletrônicas que determinam seus passos, sonhos e desejos. 2001 - Uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick, é presente nos lares. As relações são artificiais, virtuais, o real é inseguro, dá medo. Tudo é assustador. A mediocridade e ogoísmo se disseminam com a velocidade do desenvolvimento técnico-científico. A sensibilidade é coisa que não se vê com frequência, aliás, tornou-se raridade.

O tempo avança com uma velocidade inimaginável. Junto a mídia manipula as consciências, os telejornais, com seus bonecos ventríluocos, conseguem falar de moda logo depois de uma catástrofe, como se nada tivesse ocorrido. As almas parecem não mais se assutarem com as pessoas. Até quando resistiremos a isso? Essa velocidade faz o medo se apossar das pessoas. Um medo que fragiliza a espécie. Inventam-se situações absurdas para propagar a insegurança individual, a hipocondria, a busca desesperada pela saúde artifificial. As guerras imperialistas continuam, com ataques aos mais pobres com medo de que estes se rebelem. Os mais pobres sonham com os modelos impostos pelo mercado, com o que a mídia massacra em mentes, corações e corpos.

Apesar de tudo ainda tenho no Selvagem, personagem de Aldous Huxley, em Admirável Mundo Novo, meu favorito. É preciso sonhar e acreditar. Única possibilidade de assegurar sobrevida a espécie. Ainda podemos, basta se rebelar, continuar se inspirando no voo do beija-flor, no canto do sabiá, no sorriso de uma criança.

2 comentários:

Anônimo disse...

A tua escita é vida.
Viva.
Esperança, sem medida.

Anônimo disse...

A tua escrita é vida.
Viva.
Esperança,sem medida.