Flores secas nas prateleiras,
cores desbotadas, cinzentas e amareladas
piscam nas luzes do Natal.
Amontoam-se olhares na ponta da Asa Norte,
recebem cestas da expiação cristã,
brindes ao poder de ter e ser,
mais e mais para especular,
créditos para entrar nos céus.
Súditos, curvados,
oram
por suas migalhas.
Flores secas desbotadas pelos discursos
sangram a dor e a desesperança.
(pcb)
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