a João Bosco Maia.
Se onde vivo não é minha terra,
se onde cresci não é minha terra,
se onde nasci não é minha terra,
sou um apátrida,
filho da vida,
irmão do vento,
parente das florestas e dos bichos,
da poesia e dos mares.
Sou semente da resistência,
germe da esperança da terra ser livre de proprietários.
Sou voz da indignação,
átomo da via láctea,
sem origem terrena,
integrante do cosmo.
Se onde vivo não é minha casa,
se onde cresci sou apenas um afiliado,
se onde nasci não integro,
tenho todas as galáxias,
todos os sonhos,
todos os mundos,
espalharei sorrisos e braços erguidos,
sem me assustar com o exílio.
(pcb)
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