Páginas

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Flores vermelhas





Marchas enfrentaram o passado,
Muros registraram sonhos,
Abraços desencontrados nas noites
Seguiram caminhos diversos,
Filhos agora deixam os pais em pé.

Amigos de combate no poder,
Velhos camaradas defendendo o Estado,
Sem transformar a estrutura,
Carcomida pelas traças do capital.

Palavras confundem-se ao entardecer.

Organizações gerenciam o sistema,
Líderes se esbanjam em banquetes,
Vozes solitárias se dizem coletiva.

Dores romperam a escuridão da mentira,
Propagaram flores de todas as cores,
Ainda vermelhas e sem desbotar,
Nascidas em corações pulsantes.

Caminhar sem medo da traição,
Nem da solidão do sonho,
Nem aspirando salários pagos pela Justiça,
Onde poucos sorvem a felicidade.

Tentar ler olhares sinceros,
Viver abraços fortes e longos,
Sorrisos acreditando que nada foi em vão.

Seguir as flores que enfrentam
Ervas daninhas e sorriem ao amanhecer.

@ Pedro César Batista

Nenhum comentário: