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terça-feira, janeiro 24, 2006

NADA SEI

















Quem pensa que tudo é
poderá terminar como uma nuvem,
sem identidade,
sem forma,
sem alma.

Quem sente-se melhor que os outros,
certamente tem medo do sol,
e da lua então nem se fala,
deve fugir na escuridão,
se escondendo com medo do sereno.

Por isso a moça da sala ao lado
parece ser tão mediocre,
pensa que é encantada,
mas não passa de uma abóbora,
já passada e envelhecida
que não serve para carruagem,
apesar de ainda ser um broto.

Quem pensa que tudo sabe,
deve ter medo da busca,
fugir do novo,
pensando ser um oráculo.

Tenho uma certeza,
muito antiga:
nada sei,
posso ser semente,
posso ser raiz,
posso ser vento!

O novo me chama!

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