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quarta-feira, agosto 29, 2007

LABAREDA (25/08)















Olho o céu de mãos caídas
abanando a solidão,
o vento me leva
aos tempos vindouros.

Pulsam olhares marejados,
busca pássaros caminhantes,
podem ser errantes,
certeiros ou derradeiros
no porto inseguro
de minh'alma.

Olhar o passado
iluminado,
apontando incertezas
domina o horizonte.

Nada de chuva, nuvens,
nem tempestades.

O mar me espera,
distante chego lá.

Caminhante solitário
busco galhos para seguir,
sem cair nas armadilhas
dos olhares mirando o céu.

Sigo abanando a solidão,
esperando brasas
brotarem labaredas.

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