Não quero
guerra,
preciso de
terra boa
onde possa me
enraizar
e respirar o
vento de novos tempos.
Não quero o
último modelo de celular,
nem passar em
concurso,
com altos
salários.
Sonho com o
fim da fome e da exploração,
um novo tempo
de braços dados
alinhados com
um novo canto.
Quero a paz
real.
Quero flores
nos cabelos
brilho nos
olhares,
crianças
correndo
atrás de
borboletas.
Não quero
bebés em colos pedintes nos faróis,
nem quero a
mediocridade desse consumo criminoso.
É preciso novas
sementes
que germinem
abraços
apertados
verdadeiros
perfumados
apaixonados
pelas pessoas
flores
bichos
e crianças.
Quero esse
sonho
brotando em
almas
iluminando
mentes
apertando
corações
no planalto
no sertão
no campo
no Planeta.
Nada de
acumular capital
desvairado avarento
assassino.
A voz não cala,
mesmo
sufocada
pela solidão
dos gritos desafinados
que ecoam na
escuridão.
Quero
combater a desesperança,
semear
tempestades,
florir os
olhares.
Pedro César
Batista
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