Por Pedro César Batista
O mundo
passivamente assiste ao êxodo do povo africano, mostrado nos telejornais como
fosse um programa ao vivo de televisão, um big brother transcontinental. Os
africanos fogem da destruição, da fome e da miséria impostas pelos países
ricos, que, secularmente, exploram, saqueiam e matam povos. Buscaram mão de
obra, tornando milhões de africanos escravos. Seguiram saqueando povos por todo
o planeta, para isso instalaram ditaduras e títeres por todos os continentes. Na África fizeram a política da terra
arrasada, tendo recentemente destruído o Estado Líbio, transformando uma nação
próspera e rica em um local onde mercenários e bandidos, financiados pelos
países saqueadores, praticam massacres e saques sem nenhum controle. Sem falar
do apartheid, que durante décadas, massacrou o povo sul africano, com o mesmo argumento da raça pura usado por um
chefe de um desses estados que se sustentam com butins. O mundo inteiro viu o genocídio
em Ruanda, que deixou quase um milhão de mortos, sem nada fazer. Depois vão
levar cestas básicas, remédios e fazerem cínicos discursos.
No Oriente
Médio, no pós-guerra, usando o argumento que era para fazer justiça, os mesmos
países ricos, iniciaram uma outra grande injustiça da história recente da
humanidade, tomaram o território do povo palestino, tendo até o momento já
ocupado mais de 90% das terras desse heroico povo,que apesar de massacrado
(apenas na último ataque de Israel, mais de 1000 crianças foram assassinadas,
sem falar nos adultos), resiste e defende seu direito de possuir seu estado,
dignidade e ser respeitado. No Iraque, com mentiras, novamente, pois são
contumazes nisso, destronaram essa nação, que vive agora sob o ataque do Estado
Islâmico, um grupo terrorista, treinado, criado e financiado pelos EUA. O que
importa é manter o povo sob ataque militar cerrado, destruindo identidades,
culturas e, por todos os meios, tentando destruir o futuro desses povos.
Na América
não foi diferente. Dizimaram os povos indígenas como se fossem animais, sem
nenhuma pena, educando as crianças brancas transmitindo que os índios eram
agressivos, violentos e preguiçosos. Na América Latina muitas etnias resistiram
e resistem, bravamente, aos ataques que sofrem, como é o caso do Povo Guarani,
no Mato Grosso, que chega ao ponto de ter que ver seus filhos se suicidarem por
não terem esperança de um novo tempo, onde haja dignidade. Se os bandeirantes
caçavam ouro e índios, agora os proprietários de terras, sócios dos ricos dos
países mais poderosos, querem garantir suas riquezas e lucros a qualquer preço.
Entre o sul, com os ataques ao Mapuches até a Guatemala, onde os descentes dos
Maias sofrem constantes agressões e vivem explorados de forma cruel, os poucos
ricos do planeta, assim como fazem no Oriente Médio e na África, seguem agindo
da maneira mais covarde, desumana e violenta para seguir acumulando riquezas e
propagando mentiras. No Brasil, vemos os jovens negros e moradores de perifeira
sendo rechaçados de quaisquer oportunidades de viverem dignamente, a polícia os
assassinando e parlamentares querendo reduzir a idade penal, mais uma mentira
criminosa dos setores reacionários e criminosos.
Apesar de
todos esses crimes impunes, praticados por Estados e serviçais, a mando dos
donos do mundo, ainda há resistência e sonho, com povos, comunidades, grupos e pessoas seguindo a
caminhada do sol, espalhando luz e fogo, certos de que ainda haverá um novo
amanhã, onde as crianças, sejam de que parte do mundo for, poderão viver em paz
e sorrirem sem medo da fome ou das bombas e balas que têm alvo certo, o de tentar
apagar o amanhã.
Ps:
-
Fundamental não se esquecer da palavra de ordem do Manifesto Comunista, de Karl
Marx: trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!
- Desenho
de uma criança-prisioneira no campo de concentração nazista, em Theresienstadt
– Tchecoslováquia.
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