Tempo de inspirar atos de dignidade e indignação, provocar suspiros em mentes descrentes na vida. Tempo de recordar a resistência. Tempo de caminhar de mãos dadas... (pcbatis@gmail.com)
quarta-feira, novembro 14, 2012
Faíscas inapagáveis
O tempo do silêncio foi longo,
Dores eram soterradas em quartéis,
Gritos sufocados nos escapamentos de automóveis,
Sinistras figuras fardadas propagaram mentiras.
A falsa noite sufocou o dia,
Os porões esconderam o sol,
Unhas extraídas ousaram ficar emudecidas,
Olhares abismados ampararam a esperança,
Descoberta em assustadores alicates sangrentos.
A pátria não era nação,
Nem era brasileira,
Nem mesmo verde amarela,
Um punhado sentia-se dono
Mesmo serviçais do norte
Esmagavam jardins e flores.
Anos assassinos,
Apinhados de paus-de-arara,
Telefones sem fio,
Choques elétricos,
Afogamentos,
Pimentinhas,
Cadeiras do Dragão,
Geladeiras,
Palmatórias,
Estupros,
Torturas,
Morte.
Raios de fogo assaltaram as ruas,
Sementes de combate floriram praças,
Florestas se formaram cantando a manhã,
Desabrochando as folhas da resistência,
Fazendo o horizonte abrir ventanias
Com a luz do mar,
O brilho da lua,
Formando o tempo que sempre recomeça.
Por Pedro César Batista
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TRABALHO DE FINAL DE CURSO: O EPISÓDIO DO PAVILHÃO Fb-2: MILITAR E MOVIMENTO ESTUDANTIL NA UFPA (1964 – 1980).
LUCIANO ANTONIO DA CRUZ BRITO
http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com.br/2008_01_01_archive.html
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