Alice e o chapeleiro maluco
Navegam na tela,
Correm no elevador,
Sem piso preciso para ficar,
Nem buraco para cair.
Ele não busca o chapéu,
Embarca no desejo
E calado discursa,
desanimado com Narciso,
Que se mostra nas tribunas,
Dizendo-se da floresta.
Ele não tem espelho,
Perdeu a cartola,
é sem casaca de couro.
Quer somente o arco íris,
Bailar nas manhãs,
Sem preocupação com as dores,
Nem olhares dissimulados.
Enquanto Alice permanece
Olhando-se no espelho,
Esperando o coelho
Abrir a fenda da luz.
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