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quarta-feira, novembro 28, 2012

Incendiar a história



Chispas de resistência não se apagam,
Nem se alarmam com corações de gelos,
Corpos retesados sem alinhamento para marchar,
Braços enfadonhos que não mais cerram o punho.

Faíscas históricas animam o fogo,
Inflamam olhares e passos
Que firmes seguem em batalha,
Sem vacilar com o colorido,
Nem os cantos
Anestesiantes disseminados.

Seguir enfrentando esse tempo
Estéril e sem abraços,
Sem multidões avançando,
Sem medo das decepções,
Calúnias e infidelidades
Lançadas pela história.

A resistência persiste em seguir,
Cantar às estrelas,
Mobilizar os protagonistas,
Organizar a esperança,
Peregrinar em direção ao dia seguinte,
Com a alvorada cintilando
Os ensinamentos da Comuna de Paris,
Vermelhos de Outubro,
Dos Quilombos de Palmares,
Das poesias de Mayakovsky,
Dos rebeldes da Sierra Maestra,
Do vento que difunde vida e luz.

Pcb

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