Tempo de inspirar atos de dignidade e indignação, provocar suspiros em mentes descrentes na vida. Tempo de recordar a resistência. Tempo de caminhar de mãos dadas... (pcbatis@gmail.com)
sexta-feira, dezembro 28, 2012
Vamos acabar com o mundo da exploração
Acabará o mundo da desilusão,
quando o fim da exploração chegar,
quando a mentira deixar de bater às portas,
quando os humanos forem de fato fraternos,
quando a usura estiver na lata do lixo,
quando o poder for coletivo,
quando o egoísmo não mais existir,
quando a solidariedade for presente e constante,
quando as flores de todas as cores iluminar olhares.
Acabará o mundo da miséria,
quando a terra deixar de ter donos,
quando as plantações for para alimentar todos,
quando os causadores das dores da ignorância pagarem seus crimes,
quando a verdade histórica não for manipulada,
quando os produtores receberem de forma justa por seu trabalho.
Enquanto esse tempo não vem,
vamos continuar propagando a resistência,
espalhando forças e luz,
para que os mais humildes e sofredores,
em todas as suas formas,
possam ter energia para sonhar um novo tempo.
Ainda há tempo,
o amanhã não começou
e o mundo não acabou.
Ainda há tempo.
(pcb)
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Asa Norte
Flores secas nas prateleiras,
cores desbotadas, cinzentas e amareladas
piscam nas luzes do Natal.
Amontoam-se olhares na ponta da Asa Norte,
recebem cestas da expiação cristã,
brindes ao poder de ter e ser,
mais e mais para especular,
créditos para entrar nos céus.
Súditos, curvados,
oram
por suas migalhas.
Flores secas desbotadas pelos discursos
sangram a dor e a desesperança.
(pcb)
cores desbotadas, cinzentas e amareladas
piscam nas luzes do Natal.
Amontoam-se olhares na ponta da Asa Norte,
recebem cestas da expiação cristã,
brindes ao poder de ter e ser,
mais e mais para especular,
créditos para entrar nos céus.
Súditos, curvados,
oram
por suas migalhas.
Flores secas desbotadas pelos discursos
sangram a dor e a desesperança.
(pcb)
Pequeninos dedos
Domingo sem flores,
as crianças nos faróis,
não veem o caminho aberto.
Combatentes caíram;
outros, por migalhas, servem ao inimigo;
usar pessoas, tornou-se comum;
afrouxaram-se os abraços.
Estouram os trovões a leste,
Dylan ainda canta,
minha caneta não tem mais tinta,
ainda fala da esperança,
esperando a loja natal passar.
Quem sabe a chuva reavivará a semente,
destancará a maldade reinante,
jogando-a na vala da dor,
transformando-se apenas em adubo da luz.
As crianças nem poesia escutaram,
somente o fogo do cachimbo
queimando seus pequeninos dedos,
lhes acordam da dor.
Ainda é domingo
e Dylan segue com sua gaita.
PCB
as crianças nos faróis,
não veem o caminho aberto.
Combatentes caíram;
outros, por migalhas, servem ao inimigo;
usar pessoas, tornou-se comum;
afrouxaram-se os abraços.
Estouram os trovões a leste,
Dylan ainda canta,
minha caneta não tem mais tinta,
ainda fala da esperança,
esperando a loja natal passar.
Quem sabe a chuva reavivará a semente,
destancará a maldade reinante,
jogando-a na vala da dor,
transformando-se apenas em adubo da luz.
As crianças nem poesia escutaram,
somente o fogo do cachimbo
queimando seus pequeninos dedos,
lhes acordam da dor.
Ainda é domingo
e Dylan segue com sua gaita.
PCB
Fuligem
Uma certa fuligem fria
exposta em alguns olhares,
propaga a servidão
curvada aos senhores
do passado e do medo.
Para alguns isso
faz o sangue ficar mais vermelho,
os cristais cantarem
proclamando sonhos.
Essa fuligem tenta apagar o tempo
impedir que seja desnudado
aos olhares do presente
o novo conquistado nas ruas.
Sem dúvida, virá a tempestade
lavando a alma
cantando as flores
que não deixam as fontes secarem
preservando-as jorrando sonhos
inundados de utopias
Nada afunda a história
dos apanhadores de estrelas,
iluminados pela esperança,
que resistem e navegam.
(pcb)
É natal!
Distâncias virtuais aproximam
O discurso pós- moderno
Em máquinas velozes
Últimos modelos
Provocam liberdade
Desejos de voar
Se libertar da monotonia da realidade
Seguir
Seguir
Ser feliz com as cores
Com os valores coloridos
Livremente seguir
Para os shoppings
É natal!!!!
(PCB)
O discurso pós- moderno
Em máquinas velozes
Últimos modelos
Provocam liberdade
Desejos de voar
Se libertar da monotonia da realidade
Seguir
Seguir
Ser feliz com as cores
Com os valores coloridos
Livremente seguir
Para os shoppings
É natal!!!!
(PCB)
tempo
Passado
l
a
d
o
obscuro no claro do tempo
onde a lua
espera o sol
n
a
m
a
n
h
ã
que insiste em vir tarde.
(pcb)
l
a
d
o
obscuro no claro do tempo
onde a lua
espera o sol
n
a
m
a
n
h
ã
que insiste em vir tarde.
(pcb)
Não tenho pátria
a João Bosco Maia.
Se onde vivo não é minha terra,
se onde cresci não é minha terra,
se onde nasci não é minha terra,
sou um apátrida,
filho da vida,
irmão do vento,
parente das florestas e dos bichos,
da poesia e dos mares.
Sou semente da resistência,
germe da esperança da terra ser livre de proprietários.
Sou voz da indignação,
átomo da via láctea,
sem origem terrena,
integrante do cosmo.
Se onde vivo não é minha casa,
se onde cresci sou apenas um afiliado,
se onde nasci não integro,
tenho todas as galáxias,
todos os sonhos,
todos os mundos,
espalharei sorrisos e braços erguidos,
sem me assustar com o exílio.
(pcb)
Se onde vivo não é minha terra,
se onde cresci não é minha terra,
se onde nasci não é minha terra,
sou um apátrida,
filho da vida,
irmão do vento,
parente das florestas e dos bichos,
da poesia e dos mares.
Sou semente da resistência,
germe da esperança da terra ser livre de proprietários.
Sou voz da indignação,
átomo da via láctea,
sem origem terrena,
integrante do cosmo.
Se onde vivo não é minha casa,
se onde cresci sou apenas um afiliado,
se onde nasci não integro,
tenho todas as galáxias,
todos os sonhos,
todos os mundos,
espalharei sorrisos e braços erguidos,
sem me assustar com o exílio.
(pcb)
Vamos acabar com o mundo da exploração
Acabará o mundo da desilusão,
quando o fim da exploração chegar,
quando a mentira deixar de bater às portas,
quando os humanos forem de fato fraternos,
quando a usura estiver na lata do lixo,
quando o poder for coletivo,
quando o egoísmo não mais existir,
quando a solidariedade for presente e constante,
quando as flores de todas as cores iluminar olhares.
Acabará o mundo da miséria,
quando a terra deixar de ter donos,
quando as plantações for para alimentar todos,
quando os causadores das dores da ignorância pagarem seus crimes,
quando a verdade histórica não for manipulada,
quando os produtores receberem de forma justa por seu trabalho.
Enquanto esse tempo não vem,
vamos continuar propagando a resistência,
espalhando forças e luz,
para que os mais humildes e sofredores,
em todas as suas formas,
possam ter energia para sonhar um novo tempo.
Ainda há tempo,
o amanhã não começou
e o mundo não acabou.
Ainda há tempo.
(pcb)
quando o fim da exploração chegar,
quando a mentira deixar de bater às portas,
quando os humanos forem de fato fraternos,
quando a usura estiver na lata do lixo,
quando o poder for coletivo,
quando o egoísmo não mais existir,
quando a solidariedade for presente e constante,
quando as flores de todas as cores iluminar olhares.
Acabará o mundo da miséria,
quando a terra deixar de ter donos,
quando as plantações for para alimentar todos,
quando os causadores das dores da ignorância pagarem seus crimes,
quando a verdade histórica não for manipulada,
quando os produtores receberem de forma justa por seu trabalho.
Enquanto esse tempo não vem,
vamos continuar propagando a resistência,
espalhando forças e luz,
para que os mais humildes e sofredores,
em todas as suas formas,
possam ter energia para sonhar um novo tempo.
Ainda há tempo,
o amanhã não começou
e o mundo não acabou.
Ainda há tempo.
(pcb)
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Mosaico
À Niemayer e João Carlos Batista, in memoriam.
Coletar o tempo,
Os minutos, as horas, os dias,
Perpetrar aos segundos longas noites enluaradas.
Transformar aprazíveis momentos em permanentes sonhos,
Dar às manhãs madrugadas férteis,
Às noites, tardes com arco-íris.
Cada momento preservar em um cofre,
Sem chave,
Capaz de reunir e repartir.
Ajuntar olhares.
A ocasião dos sorrisos distribuírem-nos aos desesperados,
Os olhares brilhantes reparti-los solidariamente,
Sem preocupação com a quantidade
Saciar todas às pessoas de encanto.
Solidarizar o período da felicidade,
Fazer da hora vivida longos dias,
Serenos e fraternais,
Justos e solidários.
Conectar o tempo infinitamente,
Dar dias e noites às sementes de todas às flores,
Deixar longas manhãs aos colibris e às borboletas,
Fazer entardeceres inacabável ao acasalamento das cigarras,
Praticar a indignação e a esperança,
Espalhando-as por todo o momento.
Sem escassez dar todo o tempo para a alegria e a felicidade.
Apanhar os instantes inesquecíveis de luz,
Fazê-los duráveis aos deprimidos,
Clareando alamedas sem afobação, nem esmorecimento,
Dar a imortalidade aos que lançam a fé na vida.
Por Pedro César Batista
quarta-feira, novembro 28, 2012
Incendiar a história
Chispas de resistência não se apagam,
Nem se alarmam com corações de gelos,
Corpos retesados sem alinhamento para marchar,
Braços enfadonhos que não mais cerram o punho.
Faíscas históricas animam o fogo,
Inflamam olhares e passos
Que firmes seguem em batalha,
Sem vacilar com o colorido,
Nem os cantos
Anestesiantes disseminados.
Seguir enfrentando esse tempo
Estéril e sem abraços,
Sem multidões avançando,
Sem medo das decepções,
Calúnias e infidelidades
Lançadas pela história.
A resistência persiste em seguir,
Cantar às estrelas,
Mobilizar os protagonistas,
Organizar a esperança,
Peregrinar em direção ao dia seguinte,
Com a alvorada cintilando
Os ensinamentos da Comuna de Paris,
Vermelhos de Outubro,
Dos Quilombos de Palmares,
Das poesias de Mayakovsky,
Dos rebeldes da Sierra Maestra,
Do vento que difunde vida e luz.
Pcb
terça-feira, novembro 27, 2012
Opúsculo da noite
Vem beijar-me, inventar cafuné
Sem alarme nem assombro.
Asseguro apanhar tuas vestes
Lançadas na frente do espelho.
Cantarei para te despertar,
Escutarei teus preceitos,
Brincarei em tuas aduncas,
Matarei minha sede em teu néctar.
Venha perpetrar a alvorada em sensualismo,
Acender o sol com teu calor,
Oferecer aos pássaros reflexão para repousar,
Acariciar as flores com seu odor de suor.
Nada garanto,
Somente cantarei para adormeceres,
Espantar a assombração que arrisca acordar o dia,
Provocar assustar a vida.
Arrumarei os lençóis,
Nem que permaneçam secos,
Somente amarrotados com teus suspiros,
Imitando uma cigarra que adota o crepúsculo.
Vem, venha fazer o avesso se desencontrar,
Cobiçar o laço sem nó,
Com o cetim trançado sobre a lua cheia.
(foto e poema pcb)
Amarelo Brilhante
Sangra luzes
Respira chiados de sementes
Sem terra nem água
Telúricas nas noites
Irradia dias
Deseja ser dia
Clarear olhares
Reflexos de olhares
Amarelos brilhantes
Sorridentes e fadigados
Extasiados de encanto
Sangra a esperança
Germina solidariedade
Canta flores vermelhas
Que dos degraus da escada
Espera a fonte jorrar
Despejar vida .
(pcb)
quarta-feira, novembro 14, 2012
Faíscas inapagáveis
O tempo do silêncio foi longo,
Dores eram soterradas em quartéis,
Gritos sufocados nos escapamentos de automóveis,
Sinistras figuras fardadas propagaram mentiras.
A falsa noite sufocou o dia,
Os porões esconderam o sol,
Unhas extraídas ousaram ficar emudecidas,
Olhares abismados ampararam a esperança,
Descoberta em assustadores alicates sangrentos.
A pátria não era nação,
Nem era brasileira,
Nem mesmo verde amarela,
Um punhado sentia-se dono
Mesmo serviçais do norte
Esmagavam jardins e flores.
Anos assassinos,
Apinhados de paus-de-arara,
Telefones sem fio,
Choques elétricos,
Afogamentos,
Pimentinhas,
Cadeiras do Dragão,
Geladeiras,
Palmatórias,
Estupros,
Torturas,
Morte.
Raios de fogo assaltaram as ruas,
Sementes de combate floriram praças,
Florestas se formaram cantando a manhã,
Desabrochando as folhas da resistência,
Fazendo o horizonte abrir ventanias
Com a luz do mar,
O brilho da lua,
Formando o tempo que sempre recomeça.
Por Pedro César Batista
terça-feira, novembro 13, 2012
Panfleto Verde
Defender a natureza é uma necessidade,
Sentir a beleza das águas do mar,
Dançar em noite de luar,
Vislumbrar as flores do jardim,
Admirar as estrelas brilhantes.
Combater o desmatamento das florestas,
Os assoreamentos que secam os rios,
O envenenamento das terras
por agrotóxicos saídos das bocas de aviões,
Que deixam o ar pesado,
Os lençóis freáticos contaminados
E as mães com o leite materno infectado.
Combater a destruição ambiental
E não se servir de banquetes com magnatas,
Responsáveis pela venda dos venenos,
Pela destruição das matas,
Nem aliar-se aos que perseguem os povos da floresta,
Matam os indígenas e roubam suas terras.
Defender a natureza é não privilegiar o luxo,
Nem fazer demagogia para receber migalhas,
Usando o nome das crianças e sofredores,
E na realidade servindo ao sistema para manter a mentira.
Combater o desmatamento e denunciar a exploração
Das matas, dos rios, das águas e a morte
Levada às crianças, homens e mulheres,
Que de boa fé acreditam em demagogos,
Aliados do latifúndio e capitalistas em sua essência.
Defender a natureza é combater essa prática,
Sem trégua denunciar a concentração
De riquezas e de sonhos,
Sustentados em laboratórios,
Que fazem a todo instante o consumo
Um santo filho sagrado
Do deus Mercado onipresente e onipotente.
Defender a vida é querer a morte,
Desse velho carcomido repleto de lantejoulas coloridas,
Esse brilhante fantasma que se renova com a destruição
Da natureza, da dignidade e da esperança.
Defender a natureza é colocar a vida na frente,
Sem assustar-se com as mentiras espalhadas,
Pelo sistema destruidor e receptor
De vendidos e covardes,
Que dizem falar em nome do povo,
E querem somente se emporcalhar
No lixo do poderoso Mercado.
Defender a vida é romper a passividade,
Encarnar a combatividade e semear rebeldia,
Sem susto com a morte nem a dor,
Nem do desconhecido,
Romper a mentira,
Cantar estrelas, jardins, estrelas e a dignidade
Escondidas em cada ser humano.
Defender a vida é combater os cínicos,
Demagogos e vendidos ao Mercado,
Disfarçados em defensores da vida e da natureza.
Defender a vida é espalhar florestas de homens, mulheres e crianças
Seguidoras de Prometeu,
Dispostas a espalhar o fogo,
Apagar a escuridão.
Por Pedro César Batista
segunda-feira, novembro 12, 2012
Sem cartola
Alice e o chapeleiro maluco
Navegam na tela,
Correm no elevador,
Sem piso preciso para ficar,
Nem buraco para cair.
Ele não busca o chapéu,
Embarca no desejo
E calado discursa,
desanimado com Narciso,
Que se mostra nas tribunas,
Dizendo-se da floresta.
Ele não tem espelho,
Perdeu a cartola,
é sem casaca de couro.
Quer somente o arco íris,
Bailar nas manhãs,
Sem preocupação com as dores,
Nem olhares dissimulados.
Enquanto Alice permanece
Olhando-se no espelho,
Esperando o coelho
Abrir a fenda da luz.
Navegam na tela,
Correm no elevador,
Sem piso preciso para ficar,
Nem buraco para cair.
Ele não busca o chapéu,
Embarca no desejo
E calado discursa,
desanimado com Narciso,
Que se mostra nas tribunas,
Dizendo-se da floresta.
Ele não tem espelho,
Perdeu a cartola,
é sem casaca de couro.
Quer somente o arco íris,
Bailar nas manhãs,
Sem preocupação com as dores,
Nem olhares dissimulados.
Enquanto Alice permanece
Olhando-se no espelho,
Esperando o coelho
Abrir a fenda da luz.
quinta-feira, outubro 04, 2012
Ainda, ainda...
Voto é escolha passageira e individual.
Aproveitadores de todas as cores o desejam,
Querem o poder para manipular os recursos públicos:
saúde, cultura e educação.
Abusam da desinformação,
Apenas para servir seus escusos interesses.
Defender os direitos é obrigação permanente,
Não tem urna, nem propaganda,
É resultado da luta de quem tem necessidades,
De quem ousa enfrentar os poderosos.
Para conquistar a dignidade coletiva
Somente com união e resistência,
Sem medo da dor, nem da escuridão,
Fazendo crescer a consciência histórica
E a compreensão das experiências do passado.
Usando todos os meios para defender a vida,
Passeatas, greves, internet e redes sociais,
Reunir sonhos e programas comuns,
Educação de qualidade, saúde para todos,
Comida, teatro, cinema e som,
Terra e trabalho, lazer e cultura.
Defender um estado que sirva aos necessitados,
Romper com a manipulação dos sonhos,
Conquistar direitos e garantias reais.
Votar é uma ferramenta,
Pode servir aos que roubam, causam miséria e ignorância
Ou apontar para romper a concentração da riqueza,
Iluminar a esperança,
Fortalecer a luta
Germinar vida e direitos.
Ainda pode servir, ainda.
Pedro César Batista
terça-feira, outubro 02, 2012
Apagão
Canto encanto desencanto,
O palco se descortinou,
O silêncio gritou.
Um grito tão alto
Que o público virou de costas.
A luz acendeu,
A cegueira dominou,
Levando o protagonista ao meio da multidão.
Mais um,
Sem púlpito.
Não mais existir desejou.
Quis ser solo,
Ser chão fértil,
Como semente no sulco
Germinar vida.
Encerra-se o primeiro ato.
As cortinas se fecham.
(pcb)
O palco se descortinou,
O silêncio gritou.
Um grito tão alto
Que o público virou de costas.
A luz acendeu,
A cegueira dominou,
Levando o protagonista ao meio da multidão.
Mais um,
Sem púlpito.
Não mais existir desejou.
Quis ser solo,
Ser chão fértil,
Como semente no sulco
Germinar vida.
Encerra-se o primeiro ato.
As cortinas se fecham.
(pcb)
sexta-feira, agosto 17, 2012
Palavras de sangue
Palavras são como o sangue,
Precisam de oxigênio,
Necessitam circular,
Sustentam a vida,
Permitem formar a escultura de um corpo.
Podem ser livres, presas, reais ou passageiras
De pesadelos, sonhos e ilusões.
Assim como a ventania,
Tem vida,
Sacodem árvores,
Espalham pétalas de todas as cores,
Balançam o mar,
Esfriam, esquentam, abrem ou fecham olhos com sua poeira,
De terra, de fumaça ou de criações abstratas.
Palavras são corpos em movimento,
Caminham, correm, andam, levitam,
Querem sempre o horizonte,
Encontrar-se em noite enluarada,
Ou no espanto da noite escura.
Cada letra inspira versos,
Forma tempestades com aroma de patchuli,
Faz acordar a indignação e a rebeldia,
Fortalecendo a esperança dentro da desesperança.
Palavras, palavras, palavras,
Passos que seguem construindo a vida,
Em todos os tempos e sonhos.
Um ritmo que não é preciso,
Nem veloz, nem lento,
Apenas segue seu tempo,
Cada momento em um ritmo,
Fazendo a vida em palavras.
pcb)
Precisam de oxigênio,
Necessitam circular,
Sustentam a vida,
Permitem formar a escultura de um corpo.
Podem ser livres, presas, reais ou passageiras
De pesadelos, sonhos e ilusões.
Assim como a ventania,
Tem vida,
Sacodem árvores,
Espalham pétalas de todas as cores,
Balançam o mar,
Esfriam, esquentam, abrem ou fecham olhos com sua poeira,
De terra, de fumaça ou de criações abstratas.
Palavras são corpos em movimento,
Caminham, correm, andam, levitam,
Querem sempre o horizonte,
Encontrar-se em noite enluarada,
Ou no espanto da noite escura.
Cada letra inspira versos,
Forma tempestades com aroma de patchuli,
Faz acordar a indignação e a rebeldia,
Fortalecendo a esperança dentro da desesperança.
Palavras, palavras, palavras,
Passos que seguem construindo a vida,
Em todos os tempos e sonhos.
Um ritmo que não é preciso,
Nem veloz, nem lento,
Apenas segue seu tempo,
Cada momento em um ritmo,
Fazendo a vida em palavras.
pcb)
sábado, junho 16, 2012
vitais
Luz
Seguir cantando.
Fusão de almas,
Encontrando-se nas avenidas da vida,
Sem a ilusão da harmonia musical,
Apenas construindo sons que levita como os pássaros,
Voando infinitamente sem medo de acordar.
Fusão de palavras,
Beijos, lutas, punhos cerrados e erguidos,
Caminhando de mãos dadas,
Rimando dor e resistência.
Fusão que nem no mais alto calor do fogo ocorreu,
Metais tentando ser brilho, luz, canto,
Transformando-se em acordes desencontrados.
Fusão de sonhos,
Enfrentando a dor da tortura, do consumo, da desilusão,
Persistindo como Ícaro em seus vôos,
Rasantes que decolam em grandes altitudes,
Rompendo a ilusão da ditadura da moda.
Fusão do tempo,
Que nasce do tempo em que as flores,
De todas as cores,
Atraem os beijos da amada,
Em busca de sorridos para as crianças famintas.
Seguir cantando,
Ainda que a noite seja sem estrelas.
Encontrando-se nas avenidas da vida,
Sem a ilusão da harmonia musical,
Apenas construindo sons que levita como os pássaros,
Voando infinitamente sem medo de acordar.
Fusão de palavras,
Beijos, lutas, punhos cerrados e erguidos,
Caminhando de mãos dadas,
Rimando dor e resistência.
Fusão que nem no mais alto calor do fogo ocorreu,
Metais tentando ser brilho, luz, canto,
Transformando-se em acordes desencontrados.
Fusão de sonhos,
Enfrentando a dor da tortura, do consumo, da desilusão,
Persistindo como Ícaro em seus vôos,
Rasantes que decolam em grandes altitudes,
Rompendo a ilusão da ditadura da moda.
Fusão do tempo,
Que nasce do tempo em que as flores,
De todas as cores,
Atraem os beijos da amada,
Em busca de sorridos para as crianças famintas.
Seguir cantando,
Ainda que a noite seja sem estrelas.
pedra - pó
brilhante,
turva as imagens,
que se tornam materiais,
em abraços, beijos,
sonhos se fazem rocha,
pedra-pó já sou,
então sinto-me argila,
sem forma, luz incandescente,
capaz de ofuscar o sol, entorpecendo-me,
pelo seu calor-dor-desejo,
a boca se abre,
canta a aurora em pleno entardecer.
sexta-feira, junho 01, 2012
Foto Vanildo Maia
Quem sou,
se o vento traz a todo instante um novo perfume,
são flores,
rios,
nuvens e aves,
chegam,
desabrocham,
crescem,
voam e frutificam,
deixando a terra cada vez mais fértil,
pelas pisadas das crianças livres,
que seguem cantando um novo olhar,
sobre a dor que se abate diariamente no consumo avassalador.
Quem sou?"
se o vento traz a todo instante um novo perfume,
são flores,
rios,
nuvens e aves,
chegam,
desabrocham,
crescem,
voam e frutificam,
deixando a terra cada vez mais fértil,
pelas pisadas das crianças livres,
que seguem cantando um novo olhar,
sobre a dor que se abate diariamente no consumo avassalador.
Quem sou?"
sábado, maio 26, 2012
Cantando esqueço a solidão
Nada sei das dores,
apenas observo os que acreditam e rezam,
sigo então a ventania que meu coração alimenta,
sem a certeza onde chegarei,
apenas a convicção de que tudo será rápido e valerá a pena,
mesmo se as lágrimas insistirem em aparecer,
sorrirei e cantarei a esperança.
apenas observo os que acreditam e rezam,
sigo então a ventania que meu coração alimenta,
sem a certeza onde chegarei,
apenas a convicção de que tudo será rápido e valerá a pena,
mesmo se as lágrimas insistirem em aparecer,
sorrirei e cantarei a esperança.
terça-feira, maio 08, 2012
Produção
Um tempo levava minha Lettera 82,
que me acompanhava onde fosse,
ela cansou e ficou no caminho,
veio mais praticidade e estacionei por aqui.
Falta a rede e o rio...
que me acompanhava onde fosse,
ela cansou e ficou no caminho,
veio mais praticidade e estacionei por aqui.
Falta a rede e o rio...
sexta-feira, maio 04, 2012
Decisão
O dia nasce e vai,
vem e volta,
brilha o novo,
que costuma chegar,
como quem nada quer,
e fica com a força do sol.
sábado, abril 21, 2012
domingo, abril 15, 2012
Cósmico
Certos momentos bate um desalento,
apesar da chuva que fertiliza os sonhos,
vem um barulho do tempo fazer acordar
perceber que as certezas são poeiras cósmicas,
sem a juventude desconhecida e crente em seu olhar,
com a neblina encobrindo a visão que desperta a dor,
uma dor sem sangue, que virou luzes nas avenidas,
pessoas tomando coca-cola e gastando o que não tem,
vem a brisa da embriaguez do tempo que ainda não chegou,
um tempo sem vida,
apesar de tantas luzes
onde a flores despejarão suas sementes coloridas
sobre o mar da tempestade que tarda,
e sem encanto se esconde em olhares ao entardecer,
onde andará o amanhã sonhado ontem,
onde estará o abraço sentido,
as mãos dados com os punhos levantados,
que se encantaram com os cantos virtuais,
sem saber que o ar é pedra,
pesado e se apodera de meu ser,
que se arrasta em uma direção,
que apesar de nova na história,
ainda rola sobre os sonhos em pesadelos.
domingo, abril 08, 2012
Medo
Fechar o tempo sem abrir as janelas,
nem as portas, trancar a vida entre quatro moedas,
com vidros escuros, brindados e surdos.
Medo que tranca o coração,
impede abraços, sorrisos, beijos
e a distribuição de flores.
A propaganda geme o sangue dos mortos
pelas balas contra os pobres,
violentos, agressivos e violentados
de todas as formas reproduzidas
nas telas da tv, nos jornais e em discursos.
Medo de caminhar, de não se poder consumir, alimentar o consumidor.
Medo de sonhar,
é preciso reproduzir a mesma prática da mentira,
assegurar a segurança das elites,
que oram, rezam, dão esmolas,
tentam expiar a dor que não sentem.
Medo da lua, que foge dos olhares,
que se fecham,
mirando o chão,
onde os pés se firmam.
Sustentar as fronteiras, as propriedades,
os templos do sistema,
fugindo da luz da morte,
que vestida com sua roupa de domingo,
espreita quem dela tem medo.
Medo do abraço,
do hálito desconhecido,
das flores com espinho,
da fome de não ter o shopping center,
sem ver a solidão dos olhares perdidos nos faróis.
Medo da verdade e da solidão,
sob bilhões de galáxias desconhecidas,
pelos ávidos pelo poder,
apenas pelo poder,
sem saber o valor do brilho do canto da ventania em noite de lua cheia.
(pcb - 08.04.2012 - 14h48 - BSB - DF - Brasil)
quarta-feira, março 28, 2012
Amizade

Amizade é como raiz
vai fundo
sustenta
suporta
alimenta
entrega-se à terra sem medo.
Amizade não é virtual
não tem cutucadas
nem propaga o ego
mostrando-se melhor
Amizade é verdadeira
a qualquer hora
está disponível
não fica offline
sempre está presente
não é utilitarista
Amizade não é quantidade
Amizade não se coleciona
Amizade assim como a raiz
e o caule nunca se separam
faça chuva
faça sol
caia granizo ou neve
nada a distância
Amizade é raiz verdadeira
concreta
em permanente sintonia
Uma raiz se morrer
leva junto o caule
A amizade se morrer
leva junto a raiz
uma alimenta
e fortalece a outra.
quinta-feira, março 15, 2012
Penumbra

Certos momentos bate um desalento,
apesar da chuva que fertiliza os sonhos,
vem um barulho do tempo fazer acordar
perceber que as certezas são poeiras cósmicas,
sem a juventude desconhecida e crente em seu olhar,
com a neblina encobrindo a visão que desperta a dor,
uma dor sem sangue, que virou luzes nas avenidas,
pessoas tomando coca-cola e gastando o que não tem,
vem a brisa da embriaguez do tempo que ainda não chegou,
um tempo sem vida,
apesar de tantas luzes
onde a flores despejarão suas sementes coloridas
sobre o mar da tempestade que tarda,
e sem encanto se esconde em olhares ao entardecer,
onde andará o amanhã sonhado ontem,
onde estará o abraço sentido,
as mãos dados com os punhos levantados,
que se encantaram com os cantos virtuais,
sem saber que o ar é pedra,
pesado e se apodera de meu ser,
que se arrasta em uma direção,
que apesar de nova na história,
ainda rola sobre os sonhos em pesadelos.
Sabor
Solfejar para a lua

Solfejar o perfume do vento,
sentir teu hálito de Deusa,
saborear teu gosto de sapoti,
admirar teu encanto de lua cheia.
Solfejar tua aura livre,
bailar em teu corpo musical,
dançar em teu êxtase contagiante,
arrebatar-me inteiramente,
sem escalas cantar a tua melodia.
Nem aprendiz sou,
apenas um amante das notas,
dos sons que animam a alma.
Solfejo do tempo que desconheço,
apenas a saudade do inesperado que canta
em meus ouvidos atentos,
entregues e ávidos.
Solfejo o que virá.
Visão
Cordas do violoncelo

Um olhar musical,
a alma é som,
leve brisa da lua cheia,
brilhante resplandece,
exala o perfume da terra pura e fértil.
Um olhar nascido n'alma,
melodia do brilho encantado
nas cordas do violoncelo,
confundem-se com os cabelos negros,
em suaves notas
solfeja o desejo de bailar.
Uma alma musical,
o olhar canta
e anima a caminhada.
sexta-feira, março 09, 2012
Mulheres livres

Lavínia, guerreira que combateu ao lado de Espartacus.
Penélope, que resistiu a conquista e esperou Ulisses.
Dandara ao lado de Zumbi bravamente lutou.
Maria Bonita, ousada e livre, com Lampião bailou no sertão.
Milhares, milhões, bilhões de guerreiras em todo o mundo.
Sem vacilar seguem a sua marcha,
Espalhando sorrisos, sonhos e sementes.
Não se contentam com igualdade, exigem dignidade, respeito e amor.
Mulheres livres e companheiras,
Assim deixaram a sua marca na história.
Raça humana, mulheres e homens, um mundo novo fazer.
Semear esperança, com o encanto de todas as mulheres,
Ao longo da estrada que seguimos.
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
Borboleta azul

Querer sentir o vento vindo do mar
faz as folhas sentirem-se como flores perfumadas,
pétalas de jasmim, brancas e macias.
Querer estar junto de alguém
é como a terra desejando receber a água e o calor do cuidado para suas sementes,
como uma borboleta que pousa suavemente na pétala vermelha
da rosa do desejo de ser querido em sua plenitude.
Quando isso não acontece
são como gotas da seiva da vida que são desperdiçadas,
em desencontros que se evaporam
em lágrimas famintas por beijos inexistentes.
Meu bem querer verdadeiro
choca-se em rochas do tempo presente,
restando ainda a aurora em meu olhar,
assustado pela dor do abandono.
Amanhã o sol aquecerá meu querer,
entregue aos voos da borboleta azul.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Armadilha

Um olhar sorridente se desmancha em lágrimas,
nem vê a lua chegar cantando a manhã,
seus ouvidos nada ouvem,
seus olhos estão tentando falar e não cantam.
Um abraço se choca com o vento,
transforma-se em asas soltas sobre o mar e rochedos floridos,
sonhando com o calor dos beijos inexistentes,
que tem gosto de vinho azedo
pelo tempo trancado na escuridão.
Rajadas orgásticas inspiram segurança
sobre a tempestade das rosas
espalhadas no olhar que não sente a voz do trovão
armando a cova da desesperança.
sábado, fevereiro 11, 2012
Chegada
Busca
carnis valles

de Wanessa Dias
eu andei feveriando alguns meses
despertando notas
motivando o batuque abafado no imêmore frisson
repisei em ruas
antes dos amantes foliões
seduzidos pelo cordão do entusiasmo
agora
arrogados
sem rastros
perdidos
em ruas abertas para o rio
por onde andam os caminhos segredados?
chão de tantos enredos ensaiados
e
concentração
do arranjo
para o leito palco
que quando quase findos
se sentiam
aplaudidos
por
bocas
línguas
dedos
afinados
combinados
numa coreografia de peles
na passarela dos lençóis
a espalhar os corpos
em sussurros
a fazer perambular
cheiros
das (p)artes
despojadas de castidade
mas feridas pelas horas
que vestidas de cinzas
anunciavam
o samba
da despedida
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Caminho
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Galopando
sábado, janeiro 21, 2012
Pousando em flores

Uma vontade de levantar voo,
cantar desafinado e reunir a orquestra,
animando o entardecer,
receber os beijos que não tenho.
Pousar n'alma ao amanhecer,
cantar o canto do vento em pleno voo,
sentir a luz do sol aquecer o coração,
deslizar no solo enraizando manhãs.
Luzes apagadas, sorrisos fechados,
olhares sem ver, braços sem abraçar,
passos seguem em direção ao pôr do sol
onde as portas do céu se abrem em total entrega.
Trovões festejam a aurora,
Germina a vida por todos os cantos,
Sorrisos transbordam sem se esconder,
Então decido tirar a chave da porta
Deixando-a aberta para o entardecer chegar.
Voar ao infinito em pétalas de flores,
Perfumar os beijos e molhar os corpos
Entregando-se a seiva que brota da pele macia
Perfumada de desejos pelo que o tempo semear.
Levantar voo sem vontade de plainar
Pousar em um jardim florido
De mãos dadas
E com o sorriso estampado nos corpos.
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Acordado
segunda-feira, janeiro 16, 2012
Olhar florido
sábado, janeiro 14, 2012
Ritmo

Faço tudo ao contrário.
Dizem para eu comprar,
Não compro.
Falam para esconder meu amor,
Não escondo.
Afirmam que devo ser um vencedor,
Prefiro ser parceiro.
Tenho que ser o melhor,
Insistem,
Escolho compartilhar.
Preciso seguir a moda,
Ando de meu jeito.
Tenho que ser competitivo,
Busco a solidariedade.
Afirmam que é cada um por si,
Insisto em ter companheiros.
Assim aprendo um novo tempo,
Onde dar é mais que receber.
Aprendo que amar é dedicar-se aos sonhos,
Entregar-se aos amores que acredito.
Nada de ser mais um repetindo o bordão.
Nada de ser um seguindo o caminho imposto.
Assim sigo contra-correnteza,
Acreditando que as flores brotarão,
e um dia,
Antes que tarde,
A flor mais bela dirá:
Eu te quero.
Ainda assim faço tudo ao contrário.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
Goiaba vermelha

O perfume da goiaba
vermelha abre a memoria
traz as manhãs que caminhava sobre árvores,
o perfume das águas onde pesquei na infância,
as cores das manhãs embaladas nas correrias entre o gado no curral.
O perfume da goiaba
branca desperta um tempo de cantigas,
onde o vento me fazia dormir
ouvindo minha mãe ler histórias de curupiras e sacis,
com estrelas piscando e caindo nas noites enluaradas,
onde os vaga-lumes mostravam o caminho dos sonhos
que começavam a chegar e desabrochar novos passos,
dentro da floresta perfumada e musicada pelas flores e pássaros
livres cantando a esperança ainda uma criança.
O perfume da goiaba
vermelha e branca se misturou no campo,
desabrochou trilhas floridas e encantadas,
animou os passarinhos a cantarem mais
e inspirou as pipiras, as araras, os papagaios
e a vida que mais animada fruiu.
O perfume da goiaba
dá uma vontade de seguir
sem deixar o sabor do tempo
onde tudo começou.
quinta-feira, janeiro 05, 2012
Olhos do sol
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